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quarta-feira, 4 de julho de 2007

Pensando sobre o ato de estudar


Todos nós temos lembranças dos filmes que já assistimos, mesmo aqueles dos quais não apreciávamos o tema, entretanto não conseguimos lembrar das aulas que tivemos na escola, mesmo quando o tema era de nosso agrado. Imagine se a escola tornasse o ato de estudar tão agradável quanto o de assistir a um filme.

A tecnologia empregada na produção do filme, leva em conta todos os nossos sentidos e nos coloca “dentro” dele, acredito que seus “produtores” querem o sucesso, também acredito, que os “produtores” da escola deveriam desejar seu sucesso.


Os mestres antigos: Gregos; Indus; Chineses... tinham apenas a palavra e a utilizavam com maestria, eram idolatrados pelos discípulos. Estas palavras ecoam até os dias de hoje, milhares de anos depois.


Os medievais tinham a lousa, o giz, e a opressão, eles as utilizavam com tal interesse, que cegaram a maioria de seus “alunos” e criaram a escola, um verdadeiro posto de inspeção, testes, testes e mais testes. Para onde terão indo, os grandes mestres? Terá o ensinamento evaporado? O conteúdo teria exaurido?

Hoje temos a “tecnologia”, efeitos especiais, podemos criar dinossauros como se fossem de verdade, naves espaciais, mundos imaginários, gerras cataclísmicas (ainda não intendo a razão de criar guerras).

Penso que se usarmos nossa capacidade e transformarmos nossa escola, de inspetora para orientadora, e a tecnologia das artes cênicas, mais notadamente o cinema, para ensinar aos nossos filhos, poderemos dar mais um passo rumo a uma civilização...




Copyleft © 2007 Sincero Zeferino Filho (OhEremita)

2 comentários:

Anônimo disse...

O diferencial nem seriam os efeitos especiais. Basta mudar a abordagem. É isso que difere um filme épico de um documentário: o roteiro e toda a forma de tratar a história é diferenciada para atrair a atenção do público. É o que diferencia informação de entretenimento.

Por outro lado, caso se tornassem disponíveis, de hora pra outra, efeitos especiais para uso na sala de aula, acho que pouco mudaria na prática se a mentalidade do corpo de educadores continua como está.

Não existe tecnologia milagrosa. A maior mudança vem de nós mesmos. ;-)

[]s

... disse...

Bom, essa questão da aprendizagem é secular no campo da educação. Recentemente tem havido um grande debate sobre o uso das tecnologias na educação e sua capacidade de potencializar o aprendizado escolar.

Porém, dentro da escola vemos que o buraco é mais embaixo, que a questão não passa somente por adotar novas tecnologias, procedimentos de gestão "avançados", ou incentivo à premiação/punição (dos professores e alunos).

A questão é essencialmente política, é preciso pensar a que serve essa escola que temos?

Postari no meu bogue para continuar o debate...parabéns pela iniciativa.